sábado, 13 de novembro de 2010

Cinema a sétima arte


 CHAPLIN

 IRMÃOS LUMIÈRE

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cinema (do grego: κίνημα - kinema "movimento") inclui a técnica de projetar imagens para criar a impressão de movimento, bem como uma arte e a indústria cinematográfica. As obras cinematográficas (mais conhecidas como filmes) são produzidas através da gravação de imagens do mundo com câmeras, ou pela criação de imagens utilizando técnicas de animação ou efeitos visuais.
Os filmes são feitos de uma série de imagens individuais chamadas fotogramas. Quando essas imagens são projetadas de forma rápida e sucessiva, o espectador tem a ilusão de que está ocorrendo movimento. A cintilação entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência da visão, pelo qual o olho humano retém uma imagem durante uma fração de segundo após a fonte ter sido removida. Os espectadores têm a ilusão de movimento devido a um efeito psicológico chamado movimento beta.
O cinema é um artefato cultural criado por determinadas culturas, que refletem as mesmas e, por sua vez, as afetam. O cinema é considerado uma importante forma de arte, uma fonte de entretenimento popular e um método poderoso para educar - ou doutrinar - os cidadãos. Os elementos visuais dão aos filmes um poder de comunicação universal. Alguns filmes se tornaram mundialmente populares ao usarem técnicas de dublagem ou legendas, que traduzem o diálogo.
A origem do nome "cinema" vem do fato de que o cinematógrafo, historicamente, foi o primeiro equipamento utilizado para o registro e exibição de filmes. Por metonímia, a palavra também pode se referir à sala de espetáculos onde são projetadas obras cinematográficas.

sábado, 6 de novembro de 2010

Arte e Propaganda - Arte, técnica e ciência da propaganda

Inspirada na pintura renascentista de Michael Angelo
Inspirada na escultura do deus HERMES da mitologia Grega

 Inspirada na obra - prima, renascentista, Monalisa de LEONARDO DA VINCI
Isnpirada nas pinceladas do artista pós - impressionista VAN GOGH

A propaganda é uma arte. Como todas as outras artes, precisa de talento, criatividade, imaginação, dedicação em tempo integral. Só não é uma grande arte porque não dispõe da capacidade de instaurar novos valores estéticos. A criação publicitária é comercial.

Tem como objetivo vender produtos e porisso precisa seguir o que está em voga, observar o comportamento dos consumidores e só então elaborar suas peças, destinadas a influenciar seu grupo alvo e predispor as pessoas à compra das mercadorias que anuncia.

Se fosse uma grande arte, seus valores e princípios estéticos pertenceriam a seu próprio universo e nele se bastariam. O que faz uma grande arte é a militância do artista na arte pela arte.

Picasso nunca pediu a aprovação dos clientes, Rimbaud não precisou de plataforma criativa e Michelangelo, artista pago pelo poder da Igreja, recusava-se a mudar suas concepções para agradar o cliente. Eles deixaram uma obra que vai durar pelos tempos afora e os anúncios devem durar no máximo o tempo de vida dos produtos que anunciam. Já foi dito, no entanto, que a propaganda ficará marcada como a arte típica do Século XX e o cartaz de rua é a melhor de todas as suas manifestações.

É bem provavel que a publicidade realmente permaneça como a arte do século XX. A propaganda de massa, exposta nos veículos de comunicação e no ar livre das ruas mostra a tendência de perder importância enquanto crescem as técnicas da comunicação endereçada diretamente ao indivíduo. Esta deve ser a grande conquista da propaganda do século atual.

Embora não sendo uma grande arte, a publicidade é uma arte dita arquitetônica, porque faz uso de todas as outras artes: numa peça publicitária estão presentes a música, a pintura, a escultura, o teatro, a poesia, o cinema, a literatura e muitas vezes uma ou outra das artes que já morreram, como a oratória e a declamação.

A propaganda é uma técnica. Muito da sua estrutura e forma dependem de regras estabelecidas pela experiência acumulada através dos anos, num saber-fazer que conduz e orienta sobre quando e como agir para se obter os efeitos desejados. A utilização de critérios adotados padronizadamente, como é o caso dos Gross Ratings Point ou a crença inabalável na pesquisa de mercado revelam o quanto a atividade publicitária tem de elaboração puramente técnica.

A propaganda não é uma ciência, pela dificuldade de entendimento contida na expressão Ciências Humanas. Lidando com uma matéria obscura e controvertida, pulverizada em centenas de diferentes caracteres, como é a matéria do comportamento humano, a propaganda carece de verdades científicas ou filosóficas. Imaginar, como faziam os publicitários da primeira metade deste século, que o consumidor seria posto automáticamente em movimento diante de determinados estímulos, verdadeiros ou não, levou inúmeras campanhas ao fracasso.

Os teóricos e os professores de jornalismo asseguram que o leitor é tanto mais levado a comprar um jornal quanto mais esse jornal tenha notícias contendo alguns dos elementos mágicos que movem o ser humano – dinheiro, poder, sexo e violência. Sem qualquer paradoxo, estes são também os elementos mágicos da propaganda.

O consumidor acrítico, que parecia ser o cidadão dos anos trinta, transformou-se no consumidor atuante das associações de defesa, capazes de “lobbies” políticos superiores aos das grandes corporações. Os Serviços de Atendimento a Consumidores, implantados por praticamente todos os fabricantes de produtos de consumo, foi uma conquista dos próprios consumidores, que se mostram imunizados contra a propaganda que não pareça convincente e verdadeira.

Os SAC das empresas equivalem à secção de cartas dos jornais, ou então, melhor ainda, aos “ombudsman” dos jornais que pretendem maior modernidade e são tratados como produtos em busca de posicionar-se claramente diante do mercado leitor.

A propaganda não é uma receita para todos os problemas de comunicação com a sociedade ou qualquer um dos seus segmentos. Erro generalizado entre políticos e publicitários é o de pretender abordar o eleitorado com as mesmas técnicas usadas para promover as vendas de um produto junto ao mercado consumidor. Os produtos, embora costumem ter vida mais longa que os políticos, destinam-se a preencher necessidades diferentes. A propaganda política objetiva o cidadão, a propaganda comercial pretende atingir os consumidores. Estas duas entidades, consumidor e cidadão, costumam conviver numa única pessoa que, por causa dessa mesma dualidade, tem expectativas diferentes de um e de outro: candidato ou produto.

Os políticos compreenderam a importância da arte e da técnica da propaganda e demonstram essa consciência quando buscam de todas as formas aparecer na mídia. Até as comissões parlamentares de inquéritos são instrumentos para se obter maior presença nos noticiários. Tendo ou não o que dizer, alguns pagam o mico de posar para anúncios vendendo sapato ou shopping center, como foi o caso dos adversários Brizola, Maluf e Cesar Maia.

Como é lícito desconfiar que eles não posaram em troca do valor do cachê, é claro que a motivação foi a de simplesmente aparecer na TV, na crença de que forte exposição na mídia corresponde a crescimento na preferência do eleitorado. Ou seja: o meio acaba sendo a mensagem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"As vacas de Porto Alegre"


Vaca Gaudéria
Av. Farrapos, 858 - Floresta Artista: Amilton Peres Ferrão Patrocínio: Mumu
Alma de Artista
Av. Assis Brasil,164 - Bourbon Assis Brasil Artista: Arq. Michele Ropelato Patrocínio: Mumu
Tricowlor
Largo dos Campeões, 1 - Medianeira Artista: Chico Baldini Patrocínio: Mumu

Cowlorada
Av. Padre Cacique, 891 - Praia de Belas Artista: Rodrigo Oliveira Patrocínio: Mumu


Vacavatar
Av. João Wallig, 1800 - Passo D'Areia - Shopping Iguatemi Artista: Mirele Riffel Patrocínio: Mumu
Acima algumas esculturas das vacas que estão em exposição e os locais que as mesmas podem ser encontradas.

Confira Release da exposição
O maior evento de arte urbana do mundo – a CowParade – chega pela primeira vez ao Rio Grande do Sul e invadirá as ruas de Porto Alegre a partir do dia 8 de outubro, quando a cidade amanhecerá repleta de simpáticas vaquinhas. Criadas por artistas gaúchos das mais diversas vertentes, as obras permanecerão até o dia 20 de novembro em exposição, atraindo milhares de olhares numa verdadeira galeria a céu aberto. Ao todo, 80 esculturas feitas em fibra de vidro em tamanho natural serão espalhadas pelos quatro cantos da capital, colorindo as principais ruas, avenidas, praças e shoppings, entre outros pontos estratégicos.
Para os realizadores, que já puderam ver o conjunto de esculturas no galpão onde as vaquinhas foram customizadas, a primeira edição da CowParade Porto Alegre promete surpreender. “A qualidade artística está excelente. Buscando inspiração na sua história e tradição, os artistas gaúchos criaram obras lúdicas e esteticamente muito bonitas”, resumem Catherine Duvignau e Ester Krivkin, da Toptrends, empresa que detém os direitos de licenciamento da CowParade no País e realizam o evento em parceria com a Farah Service e com o patrocínio exclusivo da MU-MU. O patrono da mostra, Rodrigo Vontobel, fala que a idéia “é encantar e envolver o público com uma exposição totalmente democrática, acessível para quem quiser ver, tocar e interagir”.
Artistas sulistas consagrados, como Mauro Fuke, Zorávia Bettiol, Ana Norogrando, Eduardo Vieira da Cunha e Denise Haesbaert assinam obras ao lado de novatos como Fernando Giongo, Duda Lanna, Juliana Bassani e Mirele Riffel, entre outros. Designers, arquitetos, grafiteiros, publicitários ou apenas aventureiros no mundo das artes, todos tem em comum a oportunidade de arrancar sorrisos e atrair a atenção de milhares de pessoas que poderão ver as vaquinhas durante quase dois meses. “Com tantas vacas espalhadas por Porto Alegre, é inevitável que se descubra novos talentos. E o mais bacana é que em todas as cidades onde a CowParade passa, a paisagem urbana fica mais rica e colorida, num lindo museu interativo”, explicam as diretoras da Toptrends, que já realizaram edições em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
Após a exposição nas ruas de Porto Alegre, no dia 21 de novembro, a CowParade segue para o Shopping Bourbon Country, onde ficará em exposição até o dia 30 do mesmo mês. No primeiro dia de dezembro, as 80 vaquinhas serão leiloadas em um grande evento no Teatro do Bourbon Country, e o dinheiro arrecadado será revertido para projetos do Funcriança, mantido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, parceira institucional do evento.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Artista mexicana


Frida Kahlo nasceu em Coyoacan, México, em 6 de julho de 1907, filha de pai alemão e mãe mexicana. Já bem garota sofreu de poliomielite, doença que lhe trouxe uma leve deficência física e uma lesão no pé direito. Este problema se recrudesceria com um acidente de ônibus, no qual teve a espinha fraturada, o que a deixou paralítica. Foi nesse período, em que ficava deitada todo o tempo, que começaram seus primeiros passos na pintura.

Foi casada com seu grande amor, o também pintor Diego Rivera, mas entre romances extra-conjugais dele e brigas frequentes, o casal se divorciou em 1940.

Entre 1937 e 1939, acolheu Leon Trotski em sua casa de Coyoacan.

Hoje, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" é a sede do Museu Frida Kahlo. Lá a sua arte, seu diário, sua vida e seu legado de perseverança, de genialidade, de beleza, à sua maneira, continuarão preservados e acessíveis, e assim as pessoas terão o prazer de conhecer a força e a beleza de sua obra que permanecerá viva para sempre.

Frida Kahlo foi, além de pintora genial e grande artista, uma mulher guerreira e forte, que lutou contra adversidades terríveis, e ainda assim foi capaz de transformar toda essa tragédia pessoal em criatividade.

Ela conseguiu manter uma postura política firme, e durante toda a sua vida, foi uma crítica ferrenha do imperialismo, nunca se deixando corromper pelos ideais capitalistas vindos dos EUA(Gringolândia), além de ter feito da sua via crucis, de seu próprio sofrimento, o material temático para sua arte universal e única. Frida Kahlo foi genial porque subverteu, sublimou e transcendeu a arte e pintou seus dramas, suas dores e suas aflições.

Frida morreu aos 47 anos. Oficialmente, a morte foi causada por embolia pulmonar, mas há uma forte suspeita de suicídio. Pouco antes de morrer, teria dito: "''Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar... ".

Outras frases de Frida:

''Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?''

''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''

''Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração, na minha loucura, no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal, na doença, na imaginação.''

''Ele leva uma vida plena, sem o vazio da minha. Não tenho nada porque não o tenho.''
Acho Frida  uma mulher que na arte conseguiu expressar sua dores, enfim todos os seus sentimentos,pois suas telas são fortes na temática, ao mesmo tempo que as cores que berrão na maioria das telas são de muita expressão.



Veja algumas destas lindas obras:




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

29ª Bienal de SP abre com polêmica sobre obras de Gil Vicente e clima de renovação

Na série ‘Inimigos’, artista recifense desenha a si mesmo matando Lula, FHC e outras oito personalidades políticas.


Da esquerda para a direita: os curadores Agnaldo Farias e Moacir dos Anjos; José Luiz Herência, do Ministério da Cultura; Heitor Martins, diretor da Fundação Bienal; e Carlos Augusto Calil, secretário municipal da Cultura de São Paulo (Maria Carolina Maia/VEJA)
Que pichadores, que nada. A cinco dias da abertura para o grande público da 29ª Bienal de São Paulo, só se fala em Gil Vicente, o artista recifense que desenhou a si mesmo matando Lula, Fernando Henrique Cardoso, a rainha da Inglaterra e outras sete personalidades políticas. A polêmica se deve sobretudo à seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), que emitiu nota de repúdio ao que considera incitamento ao crime e encaminhou ofício ao Ministério Público pedindo que avalie se cabe inquérito. “É uma atitude mesquinha, que só vai dar publicidade ao artista”, disse Agnaldo Farias, um dos curadores-chefes desta bienal, ao lado de Moacir dos Anjos. A declaração de Farias, dada durante coletiva de imprensa nesta segunda, não deixa de transparecer o otimismo que cerca esta edição do evento. Após a “Bienal do Vazio”, como foi rotulada a edição de 2008, obstaculizada por uma grave crise financeira, a Fundação Bienal espera dar novo ânimo ao maior evento de artes do país.

A meta de público é ambiciosa: 1 milhão de visitantes – contra os 161.000 da edição passada. Para atrair tanta gente, a mostra reúne até 12 de dezembro, no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, cerca de 850 obras de 159 artistas. O investimento é de 30 milhões de reais, retirados dos 45 milhões arrecadados por Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal, junto a doadores – o valor restante será aplicado em reformas no Pavilhão da Bienal. Deve-se a Martins, um profissional de perfil executivo que é sócio-diretor da consultoria McKinsey, parte da brisa que sopra sobre o evento. Quando assumiu a presidência da fundação, em maio de 2009, a instituição somava dívidas de 4 milhões de reais. Agora, parece renovada. Assim como o evento.

Neste ano, diferentemente da Bienal de 2008, que teve o segundo andar totalmente desocupado, a exposição tem todos os níveis preenchidos. Com uma seleção de trabalhos focada em arte e política, a mostra terá polêmicas como os quadros de Gil Vicente, a presença dos pichadores ou a instalação do argentino Roberto Jacoby, uma verdadeira ode a Dilma e ao petismo (saiba mais abaixo). Mas também terá nomes de peso como Lygia Pape, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Nuno Ramos e Hélio Oiticica, do Brasil, além dos indianos do Raqs Media Collective, da nigeriana Nnenna Okore, da alemã Isa Genzken, do chinês Ai Weiwei e do francês Jean-Luc Godard.

A 29ª Bienal de São Paulo abre ao público de 25 de setembro a 12 de dezembro, das 9h às 19h (de segunda a quarta-feira e aos sábados e domingos) e das 9h às 22h (às quintas e sextas-feiras). A entrada é gratuita. No sábado 25, excepcionalmente, o evento terá início às 10h. Confira abaixo alguns dos destaques da exposição . 


Maria Carolina Maia/VEJA
Inimigos
Série de desenhos do artista recifense Gil Vicente, que retratou a si mesmo matando personalidades que considera de poder político: o presidente Lula, o ex-presidente FHC, o papa, a rainha da Inglaterra, o ex-presidente americano George W. Bush, o israelense Ariel Sharon, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador Jarbas Vasconcelos.



Maria Carolina Maia/VEJA
A Alma nunca Pensa sem Imagem
Site specific – nome que recebe uma obra pensada sob medida para um determinado local – do argentino Roberto Jacoby, faz uma defesa escancarada do petismo, do qual o artista se diz fã. “Podem criticar e dizer que é propaganda, não tem problema”, disse ele a VEJA.com. O argentino (na foto acima, entre membros da sua equipe) vai distribuir broches com estrelas do PT feitos por sua equipe. “O PT não pôde colaborar por questões jurídicas.”



Reprodução

Je Vous Salue, Sarajevo
A partir de uma única foto do conflito em Sarajevo e uma série de enquadramentos e cortes diferentes, o vídeo traz um discurso do cineasta francês Jean-Luc Godard, com voz em off, sobre a função política da arte.


Divulgação

Metade da Fala no Chão – Piano Surdo
Com um derramamento de cera líquida sobre as cordas de um piano de cauda, a paulista Tatiana Blass cala as notas musicais. A peça faz parte de uma série da artista que está em andamento, feita por meio de intervenções em instrumentos musicais.



Divulgação

Plateia
Uma plataforma de cimento, tijolos e cadeiras é uma forma do português Pedro Barateiro falar de relações de poder e de significação em espaços de exibição – discussão que se encaixa no tema da Bienal, arte e política.



Divulgação
O Tríptico: o Guardião, a Guarda, as Circunstâncias
Obra do recém-falecido artista brasileiro Wesley Duke Lee, considerado um dos pioneiros da Pop Art no Brasil.



Divulgação

Arroz e Feijão
Obra de 1979 da italiana Anna Maria Maiolino, em que os grãos germinam nos pratos durante a exposição. A instalação é tida como um dos principais trabalhos da artista.

29ª Bienal de São Paulo

25 setembro - 12 dezembro 2010
A 29ª Bienal de São Paulo está ancorada na ideia de que é impossível separar a arte da política. Essa impossibilidade se expressa no fato de que a arte, por meios que lhes são próprios, é capaz de interromper as coordenadas sensoriais com que entendemos e habitamos o mundo, inserindo nele temas e atitudes que ali não cabiam e tornando-o, assim, diferente e mais largo.
A eleição desse princípio organizador do projeto curatorial se justifica por duas principais razões. Em primeiro lugar, por viver-se em um mundo de conflitos diversos, onde paradigmas de sociabilidade são o tempo inteiro questionados, e no qual a arte se afirma como meio privilegiado de apreensão e simultânea reinvenção da realidade. Em segundo lugar, por ter sido tão extenso esse movimento de aproximação entre arte e política nas duas últimas décadas, se faz necessário, novamente, destacar a singularidade da primeira em relação à segunda, por vezes confundidas ao ponto da indistinção.
É nesse sentido que o título dado à exposição, “Há sempre um copo de mar para um homem navegar"verso do poeta Jorge de Lima tomado emprestado de sua obra maior, Invenção de Orfeu (1952) –, sintetiza o que se busca com a próxima edição da Bienal de São Paulo: afirmar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma, e não no que está fora ou além dela. É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito próximo que os artistas teimam em produzir – que, de fato, está a potência de seguir adiante, a despeito de tudo o mais; a potência de seguir adiante, como diz o poeta, “mesmo sem naus e sem rumos / mesmo sem vagas e areias”.
Por ser um espaço de reverberação desse compromisso em muitas de suas formas, a mostra vai pôr seus visitantes em contato com maneiras de pensar e habitar o mundo para além dos consensos que o organizam e que o tornam ainda lugar pequeno, onde nem tudo ou todos cabem. Vai pôr seus visitantes em contato com a política da arte.
A 29ª Bienal de São Paulo pretende ser, assim, simultaneamente, uma celebração do fazer artístico e uma afirmação de sua responsabilidade perante a vida; momento de desconcerto dos sentidos e, ao mesmo tempo, de geração de conhecimento que não se encontra em nenhuma outra parte. Pretende, por tudo isso, envolver o público na experiência sensível que a trama das obras expostas promove, e também na capacidade destas de refletir criticamente o mundo em que estão inscritas. Enfim, oferecer exemplos de como a arte tece, entranhada nela mesma, uma política.
Equipe Curatorial
Com curadoria de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, a 29ª Bienal de São Paulo conta, ainda, com um grupo de curadores convidados de procedências diversas, os quais contribuem para que o projeto tenha amplitude e densidade compatível com a vocação internacional que a instituição possui desde sua origem, são eles: Fernando Alvim (Angola), Rina Carvajal (Venezuela / Estados Unidos), Yuko Hasegawa (Japão), Sarat Maharaj (África do Sul / Reino Unido) e Chus Martinez (Espanha).
O Lugar e o Tempo da Mostra
A exposição contará com cerca de 160 artistas de diversas partes do mundo, sem tomar a origem territorial como valor de seleção. Nesse sentido, reafirma-se a abolição das chamadas representações nacionais, traço característico da Bienal de São Paulo até poucos anos, mas que não mais traduz a complexa rede de migrações e de trânsitos que marca a vida contemporânea. É importante para a 29ª Bienal de São Paulo, porém, enfatizar o lugar e o tempo a partir dos quais ela é organizada: desde o Brasil e desde um momento de rápida reorganização geopolítica do mundo.
Bienal Estendida
O projeto aqui anunciado não se esgota na apresentação de um conjunto articulado de obras, embora este seja, é evidente, seu núcleo e seu lugar de destaque. Tampouco se comprime apenas nas datas em que a exposição estará aberta. A 29ª Bienal de São Paulo se estenderá a várias outras partes, e começa desde agora. Por meio de seu programa educativo, de atividades discursivas, de residências artísticas e de seu website, ela se afigura como um projeto múltiplo que aposta na arte como forma de conhecer e mudar o mundo de uma maneira únic
Calendário
20 de setembro de 2010
9 às 17h - Pré-abertura para imprensa

21 de setembro de 2010
9 às 17h - Imprensa
19h - Pré-abertura para convidados

22 a 24 de setembro de 2010
19h - Abertura para convidados

22 e 23 de setembro de 2010
Manhã e tarde - Professores (Programa Educativo)

25 de setembro de 2010
10h - Abertura ao público

12 de dezembro
de 2010
Encerramento
Horários de funcionamento
De 2ª a 4ª feira: das 9 às 19h.
5ª e 6ª feira: das 9 às 22h.
Sábado e domingo: das 9 às 19h.
Entrada gratuíta